Hoje é dia de falar sobre trombose. Uma doença que merece atenção, principalmente pela dificuldade de diagnóstico.
Inclusive, o tema é tão importante que tem um dia comemorativo apenas para falar sobre ele. Em 13/10, o Dia Mundial da Trombose.
De acordo com a International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH), criadora da data, o objetivo é ampliar a disseminação de informações sobre a doença.
Além disso, conscientizar as pessoas sobre os fatores de risco, tratamento e identificação da condição.
Em uma pesquisa de 2018 da ISTH e da Bayer, foi constatado que a trombose mata uma a cada quatro pessoas no mundo.
Assim, na sequência, você conhece o que é essa enfermidade, seus sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Então, boa leitura!
O que é a trombose?
Para começar a entender o que é a trombose, primeiro deve-se saber como funciona o sistema circulatório.
Em linhas gerais, as veias e artérias funcionam como tubos, por onde o sangue “navega” para os órgãos e músculos para permitir que o organismo realize suas funções.
Entretanto, em algumas situações, o fluxo sanguíneo se reduz e pode ocorrer a coagulação do sangue nos vasos.
Quando isso ocorre, existe a formação do coágulo ou trombo que dá origem à trombose.
Essa condição é classificada como Trombose Venosa Profunda (TVP), se acontece em uma veia, e Trombose Arterial (TA), ao ocorrer em uma artéria.
Independente do tipo, toda trombose requer atenção médica, pois o nódulo formado impede que a circulação do sangue aconteça normalmente.
Além disso, existe o risco do coágulo se deslocar para órgãos como coração, cérebro e pulmão, por exemplo.
Nessas situações, ele impede o correto funcionamento do órgão e pode gerar complicações como embolia pulmonar, ataque cardíaco e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Quando ela acontece?
A formação desse coágulo acontece com mais frequência nas pernas. Segundo dados do ambulatório de trombose do Hemocentro da Unicamp, cerca de 90% dos casos são nos membros inferiores.
Dessa forma, geralmente, o nódulo está ligado a fatores de risco como:
- Ficar muito tempo com as pernas paradas na mesma posição;
- Passar por período longo de internação;
- Cirurgias, já que após sua realização a coagulação pode ser afetada;
- Excesso de peso;
- Uso de anticoncepcionais de hormônios conjugados;
- Voos longos;
- Alguns tipos de câncer;
- Gestação, que altera a saúde vascular e os níveis hormonais, entre outros.
Dessa forma, é importante conhecer os sintomas da doença e ter o correto acompanhamento médico.
Afinal, quem sofre com problemas cardiovasculares, como hipertensão, por exemplo, deve redobrar a atenção e evitar esses fatores de risco.
Quais são os sinais da doença?
Quanto aos sinais de trombose, eles costumam estar associados a inchaço (edema) e dor nas pernas. Porém, também pode envolver outros sintomas, como:
- Sensação de calor em um determinado local;
- Vermelhidão;
- Rigidez muscular.
Porém, quando o problema ocorre nos pulmões, por exemplo, pode gerar sinais como falta de ar, dor no peito e tosse.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento?
Acima de tudo, é fundamental entender que o diagnóstico precoce é a principal arma contra complicações da trombose.
Assim como, é ele que aumenta o sucesso do tratamento. Geralmente, para determinar a formação do coágulo é realizado um ultrassom com Doppler das pernas.
Entretanto, como o nódulo pode aparecer em outras áreas, como os pulmões, por exemplo, a tomografia e a cintilografia também podem ser feitas.
Por isso, ao perceber qualquer sintoma, o indicado é buscar um clínico geral, angiologista ou cirurgião vascular para avaliação.
Dessa forma, o especialista poderá fazer um exame clínico e solicitar os exames complementares.
Quanto ao tratamento, ele vai variar de acordo com a gravidade da trombose. Mas, pode incluir o uso de medicamentos anticoagulantes e até procedimentos cirúrgicos.
Como prevenir a trombose?
Bom, agora você já sabe o que é a trombose, quais são os perigos envolvidos na sua ocorrência, como identificar o problema e de que maneira é feito o diagnóstico e tratamento.
Por isso, é hora de saber o que pode fazer para prevenir a formação desse coágulo.
De acordo com a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a melhor forma de prevenção é um conjunto de ações que envolve:
- A prática regular de exercícios físicos;
- O controle do peso corporal;
- Fugir de vícios, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
- Movimentar as pernas e braços se ficar muito tempo sentado. Ou seja, não ficar um longo período na mesma posição;
- Evitar o uso de anticoncepcionais de hormônios conjugados;
- Não fazer tratamento hormonal sem acompanhamento;
- Cuidar da alimentação;
- Utilizar as chamadas meias de compressão, caso possua insuficiência venosa. Entretanto, elas devem ser usadas apenas conforme recomendação médica.
Então, agora é com você! Cuide-se, adotando hábitos saudáveis, e lembre-se desses pontos nesse final de ano.
Afinal, as viagens de férias, onde se fica muito tempo parado na mesma posição, podem elevar o risco da trombose.
Além disso, o uso de saltos altos, por exemplo, também tende a ser um agravante.
Por isso, fique atento à sua circulação e acompanhe o blog da Drogasan para ler outros conteúdos que te ajudam a cuidar da saúde.